Tênis de mesa do Brasil embarca rumo a Pequim ofuscaodo pela seleção de judô

Jogadores partem conformados com os holofotes sempre distantes

Por: Lydia Gismondi – Globoesporte.com

Quando chegam as Olimpíadas, esportes considerados amadores no Brasil aproveitam seus minutos de fama. A delegação brasileira de tênis de mesa, no entanto, esteve longe dos holofotes até na hora do embarque para os Jogos de Pequim, em São Paulo, nesta quarta-feira. É que, no mesmo vôo, partiram também os atletas do judô.

Enquanto os judocas davam entrevistas, posavam para fotos e davam autógrafos, os quatro mesa-tenistas passavam despercebidos no aeroporto de Guarulhos. Apenas Hugo Hoyama, que vai para a sua quinta edição dos Jogos, teve o gostinho do assédio que os judocas recebiam.

Mariany Nonaka diz não ficar triste com o tratamento, mas reclama da falta de apoio.
– O judô dá resultado, né? Mas o problema é que, aqui no Brasil, você tem que dar resultado antes para depois receber apoio. Aí, tudo tem que sair do nosso bolso. Não recebemos nenhuma ajuda. Eu só não desanimo porque amo muito esse esporte – afirmou a única representante brasileira da modalidade em Pequim.

O principal mesa-tenistas do Brasil na atualidade, Thiago Monteiro diz ter aprendido a conviver com a dura realidade do país no esporte. Informado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM sobre o prêmio anunciado pela Confederação Brasileira de Judô para os medalhistas em Pequim (R$ 50 mil pelo ouro), Thiago se mostrou surpreso.
– É mesmo? Fico feliz por eles. Eu não tenho nem idéia do que é isso. No tênis de mesa, nunca tivemos esse tipo de incentivo. É fora da nossa realidade. Mas acaba servindo como mais um incentivo para superarmos as dificuldades – disse Thiago.


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