Tênis de Mesa continua como esporte olímpico “para sempre”

A Comissão Executiva do Comitê Olímpico Internacional se reuniu na última terça-feira (12) em Lausanne e definiu os 25 esportes que farão parte do núcleo “vitalício” dos jogos Olímpicos. O tênis de mesa era um dos favoritos para deixar a competição, mas o COI surpreendeu e retirou a luta olímpica, considerado por especialistas o que corria menor risco.

Foi um grande alívio para os amantes do tênis de mesa. Existiam fortes rumores na imprensa internacional, principalmente na China, que a nossa modalidade, ao lado do pentatlo moderno, era um dos favoritos a deixar o Programa Olímpico. Badminton e taekwondo também corriam riscos. Mas o que pouquíssimos especialistas imaginavam ocorreu. A luta, um esporte fundador das Olimpíadas modernas e disputada desde a antiguidade, foi retirada do Programa Olímpico Permanente. A decisão ainda não é definitiva e precisa ser confirmada em outra reunião do COI que ocorrerá em setembro em Buenos Aires.

Antes da votação secreta, foram analisados 39 critérios para a tomada da decisão. Os principais pontos foram: popularidade, finanças, ingressos vendidos e governança da modalidade.

De acordo com a Reuters, que ouviu participantes da reunião, após os debates, quatro modalidades lutavam para não deixar os Jogos: hóquei de campo, pentatlo moderno, taekwondo e luta.

A Luta Olímpica tem presença garantida para 2016, mas em 2020 a modalidade precisará disputar com o beisebol/softbol, caratê, squash, patinação, escalada, wakeboard e wushu (Kung Fu) a última vaga disponível.

Atualmente 26 esportes fazem parte do programa olímpico e serão disputados nas no Rio em 2016: natação, canoagem, ciclismo, hipismo, ginástica, vôlei, luta, atletismo, handebol, tiro com arco, badminton, basquete, boxe, esgrima, futebol, hóquei, judô, pentatlo moderno, remo, iatismo, tiro, tênis, tênis de mesa, taekwondo, triatlo e halterofilismo.

Todos os anos aparecem rumores que o tênis de mesa pode deixar de ser um esporte olímpico. A principal razão é a falta de competitividade da modalidade, amplamente dominada pelos chineses.

Agora é só comemorar? Não. Primeiro porque a decisão de exclusão da luta ainda não foi ratificada e principalmente porque existem algumas ressalvas, onde o esporte, mesmo considerado como “vitalícios”, ainda pode deixar o programa olímpico. As exceções são:

– Pedido de retirada
– Corrupção
– Drogas
– Perda dramática de popularidade

É neste último ponto que o tênis de mesa precisa investir mais. A modalidade já perdeu muito espaço até na China, onde ainda é considerado o esporte nacional, mas que na prática não atrai novos praticantes quanto o futebol ou basquete.

A Federação Chinesa finalmente parece ter entendido a sua importância para a própria existência da modalidade e demonstra estar mais disposta a ajudar no desenvolvimento do tênis de mesa em outros países.

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