A União Latino Americana de Tênis de Mesa divulgou neste quarta-feira (23) um interessante estudo chamado “Cinemática da bola de celuloide e poly na execução do top spin de forehand”. Os testes foram feitos pelo chefe do Laboratório de Biomecânica do Ministério dos Esportes da Venezuela, Marco Gómez, e verificaram que a nova bola desenvolve 27% menos efeito do que as atuais de celuloide.
Nos testes foram usadas bolas sem costura e foram comprovados alguns detalhes já percebidos por toda comunidade, como as bolas serem sensivelmente mais pesadas e maiores que as de celuloide. Mas o dado que chamou mais a atenção foi a diminuição do efeito. Essa característica também era notável, mas agora se chegou a um número: 27% menos efeito (giros).
As conclusões do estudo foram:
1 – A Poly Ball tem um som diferente em comparação com a de celuloide, que muda o ritmo e o tempo de jogo;
2 – A bola é mais pesada e mais lenta;
3 – É mais difícil aplicar efeito;
4 – A bola possui um quique (rebote) mais alto após o contato com a mesa, produzindo uma parábola maior.
Marco Gómez finaliza o estudo comentando:
Jogadores com grande velocidade devem obter vantagem com esta bola ajustando o tipo de borracha utilizada;
As borrachas com esponjas mais duras, têm com a poly Ball resultados mais semelhantes em relação às bolas de celuloide.
O rali entre os jogadores à média distância pode aumentar por conta do maior tempo que a bola permanecer no ar (maior altura após quique).
Jogadores defensivos com tempo de impacto acima do nível da superfície da mesa pode ser beneficiados com esta mudança de material.
Jogadores com problemas técnicos serão prejudicados, podendo trazer como consequência aumento de lesões no ombro.
Os jogadores chineses, para sua biomecânica ideal para os diferentes golpes, devem aumentar ainda mais a sua vantagem.
Veja o estudo completo