Se este foi o “maior” Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa de todos os tempos em número de participantes, esteve bem longe de ser o melhor. Ok, foi bem melhor que o Brasileiro do ano passado, mas ainda estão ocorrendo vários problemas que são inconcebíveis para um evento desse porte.
Entre as principais queixas dos atletas estavam problemas de inscrição, demora na divulgação das tabelas, iluminação muito aquém da ideal e o pior de todos (tirando os 7 roubos ou furtos de veículos no estacionamento) os problemas no Brasileiro de São José: espaço de jogo.
Nem nas Copas Brasil mais acanhadas vimos espaço de jogo tão pequeno quanto o do Brasileiro de São José. A área era tão pequena que se aventou a possibilidade de usar o hall da Arena, onde estavam as mesas de aquecimento, como “extensão” da quadra.
A área de jogo era tão pequena que estas foram as cenas mais repetidas dos sete dias de competição.
Num dos casos mais curiosos um jogador estava defendendo smashes com a raquete (mão direita) enquanto a esquerda segurava o aparador, que ela havia levantado no meio do ponto para abrir espaço na área. Nem sei se isso é permitido…, mas o moleque acabou vencendo aquele ponto. Pena que não tive tempo de fotografar o lance, mas conversei com muitas pessoas que relataram pontos bem similares.
O pequeno espaço de jogo influenciou bastante a forma de jogar de alguns atletas. Os mesatenistas estavam abusando dos ataques com efeito lateral porque a proximidade com os aparadores dificultava bastante a defesa do golpe. Defender smash, só tirando o aparador do caminho ou pulando-o (sim, isso ocorreu muitas vezes). Pior destino tiveram os jogadores defensivos (kateiros). Pobres coitados, que, por necessidade do estilo, jogam bem afastados da mesa. Quando os árbitros deixavam (ou não percebiam) eles até alongavam a área de jogo, mas quando a fiscal dos árbitros aparecia, logo reposicionava os aparadores. Graças a Deus eu (que tentava ser kateiro) não joguei o campeonato.
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