Em surpreendente final, Ricardo Kojima leva o Rating A do Campeonato Brasileiro

Lance da final: HUmberto Manhani (abaixo) e Ricardo Kojima (alto)

Eles não eram os principais favoritos, mas acabaram decidindo nesta quinta-feira, 17 de dezembro, o Brasileiro. Ricardo Kojima (Itaim Keiko/SP) e Humberto Manhani (Estrela de Ouro/SP) travaram uma bela batalha pelo título do Rating A.

Beijing_III

Ricardo Kojima foi o responsável pela eliminação em quartas-de-final do principal favorito ao título, o seu companheiro de clube Eric Mancini.

A final foi uma reedição do jogo da fase de grupos, quando Ricardo venceu por 3×1. Apesar de ter vencido Humberto na chave, Ricardo perdeu para José Barbosa e acabou saindo em segundo lugar na chave, colocando-o em rota de colisão com Eric Mancini, o principal favorito ao título. A condição de coadjuvante fez bem a Ricardo Kojima, que cravou 3×1 (07-11, 11-09, 11-06 e 11×06).

Na primeira semifinal Ricardo bateu Paulo Rocha (FranTT/SP) por 3×1 e garantiu sua vaga na decisão. A outra semifinal foi disputada por Humberto Manhani e Rafael Shimizu (Circolo Italiano). Em jogo bem atípico, e sem qualquer emoção, Humberto venceu com muita facilidade: 11-04, 11-08 e 11-01.

A decisão foi digna de Rating A. Em jogo bem franco Ricardo Kojima venceu por 3×2, com parciais de 11×08, 08-11, 11×06, 03-11 e 11-05 e impediu o bicampeonato de Humberto Manhani, campeão do Rating A no Brasileiro de 2008.

Este é o segundo título brasileiro de Rating A na família Kojima. Em 2003 Rodrigo, irmão mais velho de Ricardo, venceu a mesma categoria no Campeonato Brasileiro disputado em São Paulo.

Surpreendente “retorno”

A vitória de Ricardo Kojima é surpreendente, principalmente, por dois aspectos. O primeiro de todos é que o atleta do Itaim Keiko estava quase que completamente afastado do tênis de mesa desde 2007 devido à preparação para o vestibular. Mesmo após a aprovação no curso de Engenharia Ricardo não pôde voltar a treinar adequadamente devido aos estudos na Universidade e apenas em março de 2009 conseguiu voltar a treinar com a devida regularidade.

O segundo, e mais curioso fator, é que Ricardo, que sempre jogou com a empunhadura caneta japonesa, foi campeão em São José jogando como classineta. Até ai, mais ou menos “normal”, se não fosse o fato dele ter adotado a nova empunhadura há apenas duas semanas. Mesmo sem usar o backhand com muita regularidade, foi impressionante a sua rápida adaptação.

Sem muita responsabilidade (no começo)

Ricardo entrou na competição como franco atirador, mas ao esconde que sentiu bastante pressão após a vitória sobre Eric Mancini nas quartas-de-final: “Até as quartas-de-final eu não tinha muitas expectativas, mas após vencer Eric, vi que poderia ser o campeão e passei a jogar sobre grande pressão”, declarou Ricardo Kojima ao temp.mesatenista.net.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *