O desenvolvimento do Tênis de Mesa brasileiro é notável. Atualmente os atletas contam com total estrutura para treinamentos no exterior, participam com mais frequência de eventos internacionais e têm o apoio de profissionais de alto nível. Os jogadores atualmente contam com a experiência de vários especialistas estrangeiros como o cubano Francisco Arado, o Paco, que atua em São Caetano, o francês Jean-René Mounie, que comanda a Seleção adulta, e o português Ricardo Faria.
Nessa seleção mundial a serviço do Tênis de Mesa brasileiro também estão o consultor Paralímpico Gorazd Vecko, que é esloveno e técnico da Inglaterra, e o uruguaio Fernando Moleda, que já atuou em vários eventos promovidos pela CBTM como Árbitro Geral.
A FTMA segue essa linha e o primeiro passo foi dado com a contratação do técnico Pavel Oxamendi, em março de 2013, através do Projeto Amapá Olímpico, após celebração de um convênio com a SEDEL e a Federação Cubana.
— Acho muito importante o intercambio de conhecimento, não apenas com técnicos cubanos, mas também com profissionais de outros países que possam ajudar no desenvolvimento da modalidade e mostrar o caminho do alto nível, educar nossos jogadores dentro dessa cultura e ensinar como se comportarem como verdadeiros atletas — afirmou Francisco Arado, citando como exemplo a Seleção Brasileira, que tem um francês no comando.
— Em minha opinião, a contratação do Jean-René foi um divisor de águas na caminhada rumo ao alto nível do Brasil, por sua competência, dedicação, trabalho duro e, sobretudo, pelo jeito como cria processos e estratégias para os jogadores alcançarem o nível internacional — completou.
Um ano depois da chegada de Pavel, a FTMA conseguiu o apoio da secretária da SEDEL, Áurea Brito, e viabilizou a permanência, por 90 dias, em Macapá, dos mesatenistas Jorge Campos e Johan Mora, que fazem parte da Seleção Cubana.
Jorge, de 22 anos, conquistou a medalha de bronze no Pan de Guadalajara, em 2011, e Johan, 26 anos, foi campeão Latino-americano em 2013 e tem graduação em Educação Física, com especialização em alto rendimento em Tênis de Mesa.
— Os cubanos, por regra geral, são acostumados a trabalhar duro em busca do alto rendimento e podem colaborar muito nesse sentido para a formação de atletas competitivos e para a formação da base dos jovens atletas. — avaliou Paco, lembrando que para evoluir é preciso um forte trabalho diário, aliado a um bom planejamento.
— Dessa maneira os atletas poderão participar de campeonatos de bom nível, fazer estágios de treinamento em lugares onde treinem com atletas de nível superior ao deles. É importante também ter bons sparring para ajudar no treino diário e assim ir desenvolvendo o nível geral da região — acredita.
Com a experiência de quem trabalha no principal centro do Tênis de Mesa no país, Paco destaca a importância de um investimento paralelo na capacitação de técnicos, pois os atletas precisam ser orientados por especialistas.
— É necessário investir no material humano que terá a responsabilidade da educação desses atletas. Tudo isso tem que ser um trabalho em equipe, onde todas as partes envolvidas façam suas funções: técnicos, dirigentes, administrativos — garante.
A presença dos mesatenistas cubanos no Amapá foi fruto de um acordo de cooperação entre o Governo do Estado e a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, com a interveniência da FTMA.
Mais informações no site da FTMA – http://www.ftma.com.br
Linha direta com o Presidente Alan Cardoso – [email protected]