Cinco municípios ganharam troféus na modalidade de tênis de mesa, todos decididos neste sábado (24), penúltimo dia de disputas da 8ª edição dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), evento que termina neste domingo (25), em Brusque.
Dois troféus ficaram com Itajaí, um com Criciúma, um com Joinville, um com Porto União e um com Videira. O tênis de mesa foi disputado em três dias, com jogos nos segmentos deficiente auditivo (D.A)., deficiente físico (D.F.) andante e deficiente intelectual (D.I.), no feminino. Já no masculino, as competições foram no D.A., no D.F. andante, no D.F. caderiante e no D.I..
Itajaí foi campeão no D.F. feminino, com Silvana Rodrigues; e no D.I. feminino ao ganhar no individual e nas duplas. Já o município de Criciúma foi campeão no D.F. masculino, que inclui as categorias de andante, com a vitória de Ramon da Silva na final contra Sérgio Ofugi, de Joinville; e no cadeirante, com Jean Carlo Padilha, que derrotou o joinvilense Gerson Hintz na final. Joinville ganhou o troféu no D.A. masculino, com Danrlei Bueno; Porto União foi campeão no D.A. feminino, com Sirlene Zeizer, que foi medalha de ouro no individual e em duplas; e Videira ergueu o troféu com a vitória no D. I. masculino, ao ganhar no individual e em duplas.Ramon, que disputou o seu 3º Parajasc, ganhou prata em 2010 e ouro em 2011, nasceu com miniparalisia cerebral devido à demora para o atendimento da mãe na hora do parto. Atualmente, é estagiário da Fundação Municipal de Esportes de Criciúma e cursa educação física. “Todo mundo quer me tirar o título e a medalha, que eu venho conseguindo com muito treino e dedicação”, contou. Ele foi campeão da Paralimpíada Escolar Brasileira em 2010; ganhou ouro em 2011 no Brasileiro Paralímpico, em Fortaleza; neste ano ganhou ouro na Copa Brasil em Concórdia e também ouro na Copa Brasil em Maringá, além de ser o 8º no ranking brasileiro deste ano. “O tênis de mesa deu mais sentido à minha vida e todo o foco, agora, é para a Paralimpíada de 2016, no Rio de Janeiro”, projetou.
Situação parecida é a de Jean Carlo, 37 anos, que nasceu em Criciúma e teve paralisia infantil aos seis meses de idade, disputou quatro jogos e venceu todos. Com isso, colocou no peito a sua quarta medalha de ouro consecutiva em quatro anos disputando os Parajasc. Foi 3º por equipe no Mundial disputado no Brasil em 2011; ficou em 3º na Copa Brasil disputada neste ano em Maringá; ganhou dois campeonatos estaduais na categoria somente neste ano. Ao todo, coleciona 18 medalhas em apenas três anos competindo na modalidade de tênis de mesa. “Meu sonho é disputar a Paralimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Neste ano, participaram da seletiva apenas quatro atletas na minha categoria para dois disputarem a Paralimpíada. Eu era o 5º no ranking”, recordou, orgulhoso, com a medalha no peito e o troféu de campeão na mão.
Sirlene também só disputou os Parajasc em quatro edições. Em todas elas, ganhou a medalha de ouro, além de se tornar bicampeã em duplas. No ano passado, foi campeã do Brasileiro disputado em São Leopoldo (RS). “Com o tênis de mesa, quero conhecer outros países, gente nova e fazer amizades. Eu estou emocionada com a medalha de ouro e o troféu”, confessou, demonstrando muito entusiasmo com o esporte, “que preenche a minha vida”.
Participam da 8ª edição dos Parajasc aproximadamente 1,9 mil atletas, representando 51 municípios, em nove modalidades. Estão em disputa troféus e medalhas por modalidade, por naipe, por segmento de deficiência e para os três primeiros na classificação geral.
Os Parajasc são uma promoção do Governo do Estado, com realização da Fesporte e apoio das secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs) e da prefeitura de Brusque.
Fonte: Fesporte (Fundação Catarinense de Esporte)