Apaixonada por tênis de mesa, Caroline Kumahara abre mão até dos estudos

Fonte: Terra

“Não sinto falta de sair, de passear, encontrar com os amigos”, garante Caroline Kumahara, a nova promessa do tênis de mesa do Brasil. Em busca do sonho de se tornar uma grande jogadora, a adolescente de 16 anos não precisou abrir mão apenas dos programas que as meninas da sua idade costumam fazer. De olho nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajana 2011, resolveu até abdicar temporiamente dos estudos para se dedicar 100% a sua paixão.

– Pessoal fica me chamando de viciada. Toda hora estou com uma raquete, uma bolinha na mão. Toda hora eu quero treinar. Minhas amigas brincam comigo para eu parar um pouco. Mas gosto bastante de treinar. Se deixar, fico o dia inteiro – contou a paulista, que antes do tênis de mesa, chegou a jogar futsal.

 

Treinar parece mesmo não ser nenhum sacrifício para Carol. Apesar de ser a integrante mais nova da equipe brasileira de tênis de mesa do Pan de Guadalajara, a adolescente foi a primeira e a última a deixar a quadra no treinamento desta terça-feira, já no México. Cheia de disposição, Caroline bateu bola de igual para igual com os principais jogadores da seleção e não perdeu a concentração em nenhum momento das duas horas de treino.

 

Hugo Hoyama, principal nome do tênis de mesa do Brasil, é só elogios à nova promessa. O veterano de 42 anos e alguns técnicos ressaltam o talento e o amor de Caroline pelo esporte. Ainda mais agora que ela decidiu se dedicar em tempo integral ao sonho de se tornar uma das melhores do mundo.

 

– Decidi parar em julho. Tinha muitas chances de vir para o Pan. O esporte tem que ser agora. Não dá para deixar para depois. Eu gosto de fazer bem as coisas que eu faço. Se fosse para repetir de ano, para ir mal, preferia parar. Agora, estou podendo me dedicar 100%, sem precisar ficar me preocupando se estou perdendo prova quando viajo.

 

O amor pela raquete é tão grande que ela nem se importa em abrir mão das horas de lazer. Decidida e madura, Caroline acredita que vale a pena cada esforço pelo tênis de mesa.

 

– Não dá tempo de passear, de sair. E nunca gostei muito. Agora, quando tenho tempo livre, descanso. Mas eu gosto dessa vida – finaliza.

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