Jessica Yamada fala sobre a ida pra França

Jessica Yamada embarcou nesta quinta-feira, 29 de novembro para a França, onde disputará o campeonato nacional de clubes, mas antes conversou com o temp.mesatenista.net sobre esta nova experiência, que pode mudar completamente sua carreira.

Como surgiu a oportunidade de treinar na França?
Os técnicos da seleção já tinham dito que seria uma boa ideia eu jogar uma Liga fora do Brasil. Eu disse que tinha interesse e então o Jean René encontrou um clube na França.

Onde você vai treinar e jogar?
Vou jogar pelo Mayenne, time da Pro-B (2ª Divisão), e vou treinar num outro clube o Grand Quevilly, que é da Pro-A (1ª Divisão).

Você vai morar em Grand Quevilly mesmo?
Vou morar num alojamento em Petit-Couronne, a aproximadamente 10 quilômetros de Grand Quevilly.

O Mayenne atualmente é a último colocado da Pro-B, correto?
Sim, por enquanto (risos).

Então você já chega pra ser titular?
Sim, com certeza.

Você recentemente esteve na França e pôde treinar no seu novo clube. Quais as principais diferenças de treinamento?
No meu caso, a carga horária de treinamento na verdade é até superior aqui no Brasil. Eu terei o acompanhamento de um técnico, que vai me ajudar bastante, mas como a maioria das jogadoras no clube já é profissional, o treinador marca o treino e deixa livre para as atletas escolherem o que fazer.

Quais os seus objetos indo para a França?
Meu principal objetivo é evoluir na parte de jogo, porque aqui no Brasil o que eu sinto mais carência são de adversárias diferentes. São sempre as mesmas meninas e todas conhecem muito bem o jogo da outra. Na França têm meninas do meu nível, mas com estilo de jogo bem diferente. Quero pegar mais experiência. Eu também tenho sentido muita dificuldade para fechar jogo, que vem da falta de experiência ainda. Outro objetivo é o amadurecimento, ter que me virar, nessa que é a primeira vez vou morar sozinha. Já fiz alguns estágios no exterior, mas não tanto tempo como será agora na França.

O que você acha do modelo de Liga de Clubes?
É bem legal. Jogar com uma mesa só, plateia grande, ter a pressão… Meu time chega a receber público de até 500 pessoas nos jogos. Infelizmente não existe isso no Brasil. Seria muito legal se existisse uma competição deste tipo no Brasil, mas o tamanho do nosso país acaba complicando.

Recentemente, a maioria dos mesatenistas brasileiros que foram para o exterior, escolheram o tênis de mesa universitário americano como destino. Já passou por sua cabeça o mesmo?
Eu vejo como uma oportunidade incrível pode ir para os Estados Unidos. Eu nunca pensei muito, apesar de ter recebido convites informais, porque lá já não se treina tão firme. Lá o objetivo não é o tênis de mesa profissional.

E os estudos?
Nesse ponto posso dizer que tenho bastante sorte, pois é difícil se dedicar completamente ao tênis de mesa no Brasil. O apoio que recebo em casa ajuda muito neste sentido. Agora eu não preciso me dedicar aos estudos, mas sim, no futuro vou precisar estudar.

Continua com a ideia fixa de ser jogadora profissional de tênis de mesa?
Sim. Continuo completamente dedicada aos treinamentos. Tudo que estou fazendo já é pensando nas Olimpíadas de 2016. Ainda mais que esta (Londres 2012) passou tão perto. Meu foto continuará sendo apenas tênis de mesa.

Jessica Yamada conta com o apoio das empresas: Herbalife, Academia Nível A, Itaim Keiko Guarulhos e Butterfly.

 

 

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