Uma aula sobre tênis de mesa, com demonstrações, jogadas e muitas lições de motivação. Tudo isso foi apresentado pelo mesatenista Hugo Hoyama, um dos principais atletas olímpicos do Brasil, durante o Via Viva.
Via Viva é um projeto de lazer que a Prefeitura de Sorocaba realiza todos os domingos na avenida Itavuvu, zona norte. Encolhido debaixo de uma tenda, para se proteger da chuva, o público aproveitou ao máximo as dicas do atleta, que confirmou que dificilmente competirá nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. “Com certeza estarei por lá ajudando o pessoal de alguma maneira. Mas nas últimas olimpíadas já fui chamado de vovô pelos demais membros da equipe.” A busca por uma vaga na competição deste ano em Londres, entretanto, está de pé. “Viajo ainda hoje para a Europa, para competir na Hungria e Eslovênia, já como preparação para o pré-olímpico.”
Em sua apresentação, que durou cerca de uma hora, Hoyama explicou as diferenças entre o popular jogo de ping-pong e o tênis de mesa. Segundo o atleta – que veio a Sorocaba a convite do projeto Sesc Verão – sua participação em eventos deste tipo tem como objetivo difundir o esporte. “Temos o Instituto Hugo Hoyama e este ano levaremos o tênis de mesa para dentro das escolas, para incentivar sua prática.” Os ensinamentos incluíram detalhes sobre o material do qual são feitas as raquetes e até o tipo de calçado usado nos pés no momento das competições. “Não sou praticante, apenas brincava de ping-pong na escola. Mas aprendi muito com as coisas que ouvi aqui hoje, como a importância da disciplina e concentração, que vou colocar em prática no esporte que eu faço, o boxe”, comentou o jovem metalúrgico Francisco Auri, 22 anos, que teve a oportunidade de jogar contra o campeão olímpico durante alguns minutos.
Na demonstração, Hoyama surpreendeu a todos com o domínio total da bola, a ponto de dizer, com antecedência, para que lado ela iria depois que o adversário tocasse na mesma. “Não sou jogador, eu só brinco. Mas sempre o admirei, um grande medalhista”, emendou outro metalúrgico, o Francisco Garbetto, 52 anos, que também teve a oportunidade de sentir, na prática, a experiência de Hugo Hoyama, que possui dez medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, seis títulos do Campeonato Latino-Americano, um 13º lugar na Copa do Mundo (em 1996) e um 9º lugar na Olimpíada de Atlanta, também em 1996.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul