Se fosse um filme, você poderia chamar de Jane, a guerreiro invencível. Mas é a vida real. E mesatenista Jane Karla Goiás, duas vezes campeã Parapan-americana, não viveu o glamour da grande tela em seu caminho está superando a tragédia. Mas seu destino parece caminhar para um final feliz.
Depois de viver com a poliomielite desde a idade de três anos e ter passado por duas cirurgias em seu tornozelo, Jane encontrou no tênis de mesa uma razão para vencer. Hoje, aos 35 anos, a atleta mais bem sucedida do esporte do estado de Goiás, que começou o ano em terceiro lugar no ranking mundial, vem derrotando a cada dia, um outro grande adversário em seu caminho. Talvez o maior até agora: o câncer.
Em julho, mês de seu aniversário, quando ela levou sua mãe Helena ao médico, Jane também descobriu que ela tinha um tumor na mama. Desde então, ela perdeu a oportunidade de jogar Campeonato Brasileiro e Campeonato Mundial na Coréia do Sul em outubro. Ela perdeu muitos pontos no ranking mundial, bem como seus longos cabelos escuros. Mas o principal, ela não perdeu: a fé, o apoio de seu marido e treinador Joachim Voigt, seus filhos Lucas e Lethícia e de sua mãe. Ela também não perdeu a obsessiva meta de ser campeã paraolímpica em Londres 2012.
RETORNO
Quatro meses após o início do drama, Jane está de volta ao esporte. E em grande estilo, mesmo sem poder treinar em alto nível, a atleta de tênis de mesa foi ao Rio de Janeiro e ganhou duas medalhas de ouro e uma de bronze.
No momento da premiação, Jane não conteve a emoção e chorou muito. `Foi uma grande emoção quando subi no pódio. Eu não conseguia me controlar e chorei muito, mas de felicidade por poder voltar a jogar e ter ganho esses resultados, diz a atleta. `Pensei em toda a minha carreira naquele momento. Foi como ganhar a primeira medalha de minha vida.
Se seu aniversário não foi dos melhores, o Natal chegou mais cedo e dá ainda mais motivação para Jane, que faz sua segunda em seis sessões de quimioterapia. No início de 2011, ela passará por sessões de radioterapia, mas vai poder treinar com mais intensidade. “Meu corpo está reagindo bem. Vou continuar lutando para voltar com tudo em 2011. Eu acho que pode ficar 100% ou próximo em 2011 nos Jogos Parapan-americanos no México.
Sempre otimista, Jane percebeu o quanto ela é forte para superar a doença. Câncer ‘não significam a morte. Assustador no começo, mesmo achando que não poderia jogar mais, esses acontecimentos fizeram ela crescer muito. Agora quero levar tudo ao máximo e ser feliz. Luto desde criança para superar os problemas e transformar em vigor na vida pessoal e também no esporte “, finaliza a guerreira invencível.
Colaboração: Edimilson Pinheiro e ITTF