A Confederação Brasileira, e principalmente a Federação Pernambucana de Tênis de Mesa estão de parabéns pela Copa Brasil do Recife e Campeonato Brasileiro de Masters. A ótima estrutura superou as expectativas. É uma pena que os erros na programação da competição tenham trazido tantos transtornos. As falhas não macularam o evento, mas faremos questão que citá-las, pois ainda temos fé que um dia nos veremos livres delas. A FPTM cumpriu muito bem o seu papel de organizadora. O Clube Português do Recife, com sua ótima localização e estrutura, acolheu muito bem o evento e todos os presentes.
Temíamos que o vento dentro do ginásio atrapalhasse os jogos, mas graças ao ótimo trabalho de vedação da quadra a única brisa sentida era na arquibancada. Por sinal este ventinho ajudou bastante a amenizar o calor.
As 14 mesas (10 de jogo e 4 para aquecimento), todas similares ou iguais, eram de excelente qualidade e a área de jogo tinha ótimo espaço. A iluminação do ginásio também era excelente. O piso não era o mais adequado, tanto que panos umedecidos precisaram ser colocados ao lado das mesas com a finalidade de evitar escorregões. Nos dois primeiros dias (sexta-feira e sábado), mesmo sem molhar o tênis, o piso estava bom, mas no domingo, devido à falta de limpeza, foram vários os tombos e escorregões. Na segunda-feira, dia da competição por equipes, após uma limpeza, não foram identificados os mesmos problemas dia anterior.
Também aprovamos a arbitragem. A inexperiência de alguns árbitros e a falta de critérios iguais, principalmente para as análises das raquetes dos jogadores, trouxe alguns transtornos, porém nada de grave.
Desde antes da competição até a segunda-feira, último dia de jogos, o Tênis de Mesa sempre esteve presente na mídia local. Somente a Rede Globo Nordeste veiculou em sua programação 3 diferentes, e extensas, matérias sobre a competição. Além disso, foram inúmeras as matérias publicadas em jornais impressos e na internet.
Que seja ainda ressaltada a ampla divulgação realizada. Vários outdoors foram espalhados pela cidade, o que sem dúvida atraiu a atenção do público.
Os atletas e técnicos não nos reportaram muitas queixas. Pelo contrário, eram muitos os que nos procuravam apenas com o intuito de elogiar a competição, o que nos leva a crer que a maioria dos atletas e técnicos ficou bastante satisfeita com o evento.
COMO NEM TUDO SÃO FLORES…
Felizmente gastamos muitos parágrafos enaltecendo as qualidades, mas lamentavelmente ainda precisaremos de algumas linhas para informar sobre as falhas do evento.
O principal transtorno da Copa Brasil do Recife foi sem dúvidas as já inafastáveis, institucionalizadas, onipresentes e insuportáveis falhas nas tabelas dos jogos. A CBTM mais uma vez cometeu inúmeros equívocos na formação dos grupos, bem como na informação dos horários dos jogos.
As falhas na programação atrasaram em mais de duas horas a realização de alguns jogos, culminando com partidas sendo realizados até o início da madrugada.
É inconcebível que atletas sejam obrigados a jogar até a meia-noite, como ocorreu no primeiro dia de competições. A continuar neste ritmo os mesa-tenistas terão que se preocupar com mais uma indumentária além do material de jogo: travesseiro e lençol.