Tá parecendo o Recife

Quem mora em cidade grande com grandes desigualdades sociais é sempre assustado. Está sempre em estado de alerta. Assim sou eu (e pior é minha esposa), que moro no Recife.

Quando cheguei a São José/Florianópolis conversei com vários moradores (funcionário do hotel e taxistas principalmente) sobre a segurança da cidade. Todos foram unânimes que a(s) cidade(s) eram muito calma(s) e segura(s). Era esta a impressão que eu tinha. Tinha!

 

A Arena Multiuso, que recebe o Campeonato Brasileiro, tem um posto da Guarda Municipal há 30 metros de distância. Mesmo assim isso não foi suficiente para caracterizar o local como “seguro”.

Há algo de muito estranho em questão de segurança aqui neste Brasileiro. Ontem um atleta teve a sua mochila furtada na arquibancada. Também nesta segunda-feira um carro pertencente a atletas foi arrombado e foram furtados materiais de jogo (3 raquetes e algumas borrachas) e pertences pessoais. No hotel um hóspede do Amapá, que também veio participar do Brasileiro teve o seu notebook furtado. Enquanto ele dormia entraram no quarto e levaram o computador.

O pessoal da CBTM solicitou a presença da Guarda Municipal no Ginásio para fazer a segurança do evento. O pedido foi negado sob a justificativa que a CBTM precisaria contratar uma equipe de segurança privada. Estranha a postura, pois em outras cidades vemos guardas municipais e até militares cuidando da segurança de grandes eventos.

A Guarda de São José ofereceu apenas cones de segurança para deixar na entrada do complexo. Se alguém souber como um cone evita roubos e assaltos, por favor, avise-me, pois comprarei alguns para levar ao Recife.

Parece até que estou na minha cidade, o Recife, onde seus moradores vivem presos dentro de casa, tentando fugir da violência urbana. Triste. Imaginei que aqui as coisas fossem um pouco melhores.

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