Adalberto Leister Filho
da Folha de S.Paulo
O Senado promoveu ontem a primeira audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte para examinar a participação do Brasil na Olimpíada de Pequim. O encontro serviu para ressuscitar projeto de lei que pode dar fim às contínuas reeleições de dirigentes de entidades esportivas.
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“A idéia partiu do senador Flávio Arns [PT-PR], e mandei para estudo”, contou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da comissão, que pedirá a assinatura de seus 18 membros antes de encaminhar o projeto para votação.
“Sempre fui favorável a só uma reeleição em entidades esportivas, sindicatos e também para o cargo de senador e deputado. Defendo essa idéia há 20 anos”, comentou Buarque.
O projeto é aprovado por Lars Grael, ex-membro do Ministério do Esporte, que participou da audiência de ontem.
“Defendo que a legislação permita só uma reeleição”, comentou o velejador, que se esquiva de comentar a polêmica reeleição de Carlos Arthur Nuzman para novo mandato no Comitê Olímpico Brasileiro.
O COB realizou eleições no dia 2 após publicar edital no “Jornal dos Sports” e no “Jornal do Commercio”, que não estão entre os maiores do Rio, e avisar dirigentes, por fax, entre nove e três dias antes do pleito.
Com a nova reeleição, Nuzman garantiu 17 anos na presidência do COB –ficará no cargo ao menos até 2012. “Sobre isso não falo. Mas acredito que oito anos é um bom tempo para um dirigente mostrar seu trabalho e, se ele for bom, fazer seu sucessor”, afirmou Lars.
Nuzman e o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, serão chamados para nova audiência pública sobre a participação nacional em Pequim. A data ainda não foi marcada.
Audente, Silva Júnior enviou Herval Barros, diretor do Departamento de Excelência Esportiva e Promoção de Eventos do ministério, para representá-lo ontem. Também esteve na audiência em Brasília a ex-jogadora de basquete Paula.