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Smirnov vence Top 12 |
Entre os dias 5 e 6 de fevereiro a cidade francesa de Rennes recebeu a nata do Tênis de Mesa europeu. No evento feminino a chinesa naturalizada austríaca Liu Jia (nº 10) ficou com o título. Na grande decisão ela bateu a húngara Krisztina Toth (nº 24) por 4×3 (11-09, 10-12, 13-11, 11-09, 07-11, 07-11 e 11-06). Este resultado não chega a ser surpreendente, ao contrário do desfecho da competição masculina, onde, depois de amargar consecutivos insucessos na última temporada, o russo Alexei Smirnov (nº 30) venceu por 4×3 (09-11, 11-04, 06-11, 11-09, 13-11, 07-11 e 15-13) o bielo-russo Vladimir Samsonov (nº 7). Porém o que mais marcou esta grande decisão foi o fantástico Fair Play de Samsonov! Veja o porquê… Smirnov, que em 2003 chegou a figurar na 11ª posição do Ranking Mundial, há muito tempo não conquistava um bom resultado. Até o último domingo o melhor resultado de sua carreira fora o vice-campeonato do Aberto do Catar de 2003, perdido coincidentemente para Vladimir Samsonov. Neste domingo a vingança veio em grande estilo.
A primeira grande façanha de Smirnov foi se classificar em seu grupo, que tinha o dinamarquês Michael Maze (nº 14), campeão do Top 12 em 2004, e o próprio Vladimir Samsonov. O russo conseguiu bater Maze, mas perdeu para Samsonov, classificando-se como segundo colocado da chave.
Na primeira rodada da fase eliminatória Smirnov venceu o tcheco Petr Korbel (nº 19) e em seguida, já na semifinal, bateu o grande favorito ao título, o alemão Timo Boll (nº 4) por 4×2 (10-12, 11-06, 11-07, 03-11, 11-07 e 12-10). Samsonov garantiu a presença na grande final despachando o francês Damien Eloi (nº 40), a grande surpresa da competição.
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Smirnov discute com o árbitro após marcação de bola fora |
A grande final foi equilibradíssima e o vencedor só foi conhecido na “negra” e de uma forma bastante curiosa e principalmente exemplar. Quando o placar marcava 13-12 para Smirnov, este conseguiu uma “casquinha” e então seria o ponto do título. SERIA! O árbitro não viu a mesma coisa e deu o ponto para Vladimir Samsonov, que por sua vez também acusava que a bola realmente tinha batido na “casquinha”. Nem a honestidade do bielo-russo conseguiu mudar a opinião do árbitro. Samsonov não aceitou o ponto que o árbitro lhe dera e numa postura exemplar entregou os pontos seguintes, dando/devolvendo a vitória à Smirnov.
Em entrevista após a partida Samsonov declarou que não queria ganhar o jogo dessa forma e por isso preferiu parar o jogo.
Alguém aqui já viu um exemplo de honestidade desses no Tênis de Mesa? E você leitor, faria o mesmo que Samsonov?